quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eithne Patricia Ní Bhraonáin (Enya)

Em 17 de Maio de 1961, nasce em Gweedore, County Donegal, Irlanda, a cantora, instrumentista e compositora irlandesa, Eithne Patricia Ní Bhraonáin, conhecida como Enya; ‘Enya’ é uma transliteração da pronúncia gaélica de Eithne.

Sexta dos nove filhos do casal Máire Uí Bhraonáin (Máire Duggan) conhecida como Baba e Leo Ó Bhraonáin (Leo Brennan), seu primeiro idioma foi o gaélico-irlandês, pois o inglês ela foi aprender na escola.

Enya estudou música clássica no Milford College e sempre foi sua intenção envolver-se em música, mas ela não sabia que direção tomar. Ainda usando o nome Eithne Ní Bhraonáin começa sua carreira musical em 1980, e rapidamente se juntou à banda Clannad que era de sua família, convidada por Nicky e Roma.

“Eu tinha acabado de estudar música clássica em uma escola tradicional e era incrivelmente independente”, relembra Enya. “Eu não estava realmente envolvida como um integrante do grupo. Nicky me queria como tecladista e como uma outra textura vocal na banda. E eu concordei. Conversava muito sobre música com Nicky e foi quando eu tive a idéia do coro de um. Ele era tão comprometido com a experimentação com todos os tipos de música. Ele veio da música ao vivo e eu desejava que as pessoas pudessem sentir isso no que fazemos, mesmo em And Winter Came, que é um álbum de estúdio. É tudo em cima da performance”.

A parceria criativa entre Nicky, Enya e Roma, rendeu o primeiro projeto que o trio trabalhou que foi a trilha sonora do filme “The Frog Prince” (“O Príncipe Sapo”), de David Puttnam, em 1984.

Em 1987 Enya lança um auto-intitulado álbum de estreia que conta com encantadoras musicas cantadas tanto em inglês quanto em gaélico, mesmo não causando muita sensação isso não preocupou Nicky, ainda mais que a banda não pediu autorização, “Eu fiquei irritado porque eles não nos pediram, mas funcionou bem, tivemos a possibilidade de fazer a Sony tirar o disco das prateleiras, mas por quê iríamos fazer isso? Eles eram uma jovem banda então negociamos outra coisa e tudo ficou bem”.

Anos depois Sean Combs, também conhecido como P. Diddy, entra em contado com Nicky, pedindo educadamente permissão para usar a faixa no single ‘I Don’t Wanna Know’, de Mario Winans, que estoura no Reino Unido. Com a seguinte condição: “Disse a ele que teria que fazer algo para mim em retribuição”, ele conta. “Então talvez algo aconteça no futuro com Enya e P.Diddy”, ele riu.

O que ajudou com que o presidente da Warner Brothers, Rob Dickins, assinar com Enya, mesmo seus pares pouco acreditando que a música de Enya pudesse vender em um mercado por artistas de peso como Kylie Minogue e Rick Astley. Mas Dickins comentou “Às vezes a companhia está lá para lucrar, e outras vezes, para fazer música”. Ele ficaria, é claro, agradavelmente surpreendido por Enya atingir os dois objetivos.

Por vários motivos ela acabou se retirando da banda Clannad, e acabou se unindo aos antigos produtores, o casal Roma e Nicky Ryan. Já em carreira solo lança em 1988, seu álbum “Watermark” que venderia mais de 11 milhões de cópias, dando a Enya duas indicações ao Brit Award e implicando no primeiro lugar da parada britânica com “Orinoco Flow”. Esse álbum foi o que levou seu reconhecimento internacional, e Enya ficou conhecida por seu som único, que foi caracterizado por camadas de voz, melodias folk, cenários sintetizados e reverberações etéreas.

Em 1991 Enya lança o álbum que venderia 12 milhões de copias, deixando ela no topo das paradas britânicas e em segundo nas paradas americanas por 199 semanas seguidas, “Shepherd Moons” também rendeu à cantora seu primeiro Grammy de Melhor Álbum New Age de sua tão gloriosa carreira, não se contentando com o prêmio em 1995, Enya ganha outro Grammy de Melhor álbum New Age, com o álbum “Memory Of Trees”, que alcançou mais de 9 milhões de discos vendidos.

Enya lançou em 1997 a coletânea, Paint the Sky With Stars – The Best of Enya, que contava com sucessos ‘Orinoco Flow, Caribbean Blue, Book Of Days e Anywhere Is’ e duas músicas inéditas como ‘Only If e Paint the Sky With Stars’.

O lançamento de 2000, “A Day Without Rain”, foi o seu próximo álbum e correspondente a mais um Grammy de Melhor Álbum New Age ganhado por Enya, com mais de 13 milhões de cópias vendidas, deixando a cantora na parada dos EUA por quase dois anos seguidos. Durante esse período o atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001 chocaria o mundo, cuja trilha sonora foi ‘Only Time’, já favorita entre os fãs de Enya, foi eleita pelas emissoras em busca de uma gota de tranquilidade em meio às reportagens chocantes.

A CNN foi a primeira a usar, mas ela se transformou em um hino do 11 de setembro. Na época as emissoras de rádio trocaram completamente a programação e queriam tentar e ajudar as pessoas a superar a perda e a devastação do que aconteceu. A essência da música é como o tempo pode ser curativo e que a normalidade, ou o mais próximo possível, voltará de alguma forma” lembra Enya.

Em novembro de 2000, também com o clássico “Only Time”, é convidada a fazer parte da trilha sonora do filme “Sweet November” (Doce Novembro, com Charlize Theron e Keanu Reeves) que lhe rendeu o prêmio Echo 2002. No ano de 2001 Peter Jackson pedi a Enya duas músicas para a trilha sonora de “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”, resultando em duas incríveis criações, “May It Be” e “Aniron”, onde a primeira lhe daria a indicação ao Oscar. Enya fez uma performance ao vivo na cerimônia do Oscar como lembra carinhosamente, “Foi uma experiência fantástica, os Oscars são incrivelmente ostentosos, mas tenho que dizer que realmente gostei”.

Apesar de contar com tanto sucesso, Enya nunca realizou um conserto, nem ao menos entrou em uma turnê, por não está convencida pela sedução da fama, assim preferindo se esconder dos holofotes da mídia, “Fama e sucesso são duas coisas diferentes”, ela provoca. “Eu ainda acho que você pode manter um estilo de vida privado e uma carreira de sucesso na música. Minha música precisa desse espaço”. Mas tem pensado na possibilidade de realizar algum conserto, possivelmente numa catedral, como afirmou em entrevista.

“Amarantine’ foi outro álbum lançado com a aclamação de Enya em 22 de Novembro de 2005. O álbum foi premiado com o Grammy de Melhor Álbum de New Age em 2007. Teve como singles a música título, “Amarantine”, “It’s in the Rain” e “Someone Say Goodbye”, que foi lançado como single promocional nos Estados Unidos. “Amarantine” vendeu 6.5 milhões de cópias mundialmente. Em 2007 ela foi premiada com dois Doutorados Honorários em reconhecimento aos seus serviços em prol da música.

“And Winter Came” foi lançado em Novembro de 2008, pelo selo Warner Music. O álbum tem como tema principal, o Natal, em especial o inverno. Os primeiros singles são as faixas, “Trains and Winter Rains” e “White is in the Winter Night”.

Em 2009 foi lançado o terceiro single “My! My! Time Flies”. O disco vendeu 1 milhão de cópias , em apenas cinco semanas. Até o momento foram vendidas mais de 3 milhões de cópias mundialmente.

O Ultimo álbum de Enya lançado até o momento é “The Very Best of Enya”, reunindo os grandes sucessos da cantora irlandesa, que foi anunciado por ela em seu site oficial, em 26 de agosto de 2009 e lançado em 23 de Novembro de 2009. O álbum já vendeu mais de 1 milhão de cópias mundialmente.

Atualmente ela mora em um castelo do século XIX que comprou situado a 12 quilômetros de Dublin, em Killiney.

O Castelo Ayesha (que em árabe significa flor), que o rebatizou de Castelo Manderley. Foi construído em 1840 por Robert Warren e chamava-se Castelo Vitória, em homenagem à coroação da rainha Vitória do Reino Unido. O castelo foi incendiado em 1924, mas em 1928 sir Thomas Power o restaurou e mudou o seu nome.

Em homenagem ao talento de Enya, o asteroide 6433 recebeu como denominação o nome artístico da cantora, em 20 de junho de 1997. Diversos músicos já receberam esta homenagem, mas Enya é a primeira mulher e a única da Irlanda.

Sua marca de discos vendidos já chegou a oitenta milhões de cópias, ultrapassando a venda de nomes como Eric Clapton entre outros.

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